Psicóloga Samara Rebelo

Há que se ter muita coragem para sustentar o lugar de paciente (de ser paciente, que precisa de paciência, né?!), há que se ter muita coragem para tolerar o não saber, a incompletude, a falta, a imperfeição, a parte do SER humano, sem fórmulas mágicas ou promessas milagrosas, sem pular etapas…

Há que se ter muita coragem para aceitar que ganhar muitas vezes é perder, e que perder faz parte da nossa condição humana e da nossa existência.

Há que se ter muita coragem para por 50 minutos, uma, duas, três ou quatro vezes na semana, enfrentar a si mesmo, suas dores, seus amores e seus fantasmas…

Há que se ter muita coragem para enfrentar uma vida VIVENDO e se autorresponsabilizando, sem estar anestesiado por telas, redes sociais, trabalho, álcool, drogas, comida, etc…

Há que se ter muita coragem para assumir sua vulnerabilidade e pedir ajuda!

Ai ai (suspiros)…

Há que se ter muita coragem para ter coragem de tudo isso e penso que essa é a verdadeira essência da coragem, de olhar para si, da forma mais genuína possivel, e enfrentar o que vier à partir disso…

É sobre se (re)conhecer para então encontrar espaço para sentir, se diferenciar e dar sentido e significado, e para isso, há que se ter muita coragem (sem querer ser repetitiva, já sendo).

E todos os dias, eu tenho a honra de testemunhar seres humanos encorajados a viverem uma vida que valha a pena ser vivida, e esse é meu combustível!

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