Psicóloga Samara Rebelo

Falar que a terapia está em dia é uma coisa, agora estar realmente implicado em um processo é completamente diferente, e confesso, a maioria que está não precisa mostrar isso, pois é algo extremamente íntimo e muito individual. Isso não quer dizer que você não possa mostrar que está em terapia, precisamos sim desconstruir os estereótipos e normalizar o cuidado com a saúde mental, mas precisamos fazer isto com crítica e consciência.


Há quem só vai à terapia e há quem faça a terapia acontecer, há quem frequente um consultório psicológico semanalmente e há quem faça valer dentro e fora do consultório o investimento que está sendo feito ali, investimento tanto de disposição interna para mudança quanto financeiro.

Isso tudo sem levar em consideração a enxurrada de desserviço à saúde mental que vemos atualmente vendendo fórmulas mágicas ineficazes, sendo oferecidas por pessoas que não tem formação para cuidar de saúde mental… E se você está indo por este caminho, definitivamente, não está com a terapia em dia! Pode ser até terapêutico, mas não é terapia!

Penso que existe uma preocupação narcísica aí, de como eu vou me ver, de como o outro vai me ver, e ainda, de como eu vou me ver no outro. Para tanto, é necessário furar a bolha do narcisismo, do que eu espero que eu seja, do que eu penso que o outro espera que eu seja, para apenas – Ser -, se descobrindo à sua maneira.

O discurso da terapia em dia pode ser muito bonito na fala, mas preciso deixar o questionamento:

será que de fato tudo o que é necessário está sendo sentido com a mente e com o corpo?
Será que está havendo uma implicação honesta, individual e autêntica nesse processo?

Seguimos refletindo juntos

Com afeto e muito cuidado,
Psicóloga Samara Rebelo

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